A importância de um fundo de emergência no seu planejamento patrimonial
A construção de um patrimônio passa por diversas fases, sendo que em todas elas, é fundamental a presença do fundo de emergência.
Através dos valores contidos no fundo de emergência, o investidor poderá pagar despesas e demais valores, sem que seja necessário liquidar algum dos investimentos.
Inclusive, se a renda do investidor, porventura, sofrer alguma redução, o fundo de emergência poderá compensar tais perdas por algum tempo, até que o investidor possa se restabelecer.
Desse modo, na hora de criar o planejamento patrimonial, é essencial incluir um fundo de emergência.
O que é a reserva de emergência?
A reserva de emergência nada mais é do que um valor que ficará à disposição do investidor, para qualquer imprevisto.
Então esses recursos precisam estar aplicados em um investimento que ofereça proteção, rentabilidade na média do mercado, além de liquidez imediata.
Sendo que os valores da reserva de emergência, podem ser usados para vários fins. Mas, sobretudo, para custear despesas emergências e a falta de renda.
Observando suas funcionalidades e objetivo, a reserva de emergência surge como uma peça fundamental no planejamento patrimonial de qualquer pessoa.
Independentemente da classe social, ou do perfil do investidor, a pessoa que pretende construir um patrimônio, precisa de uma reserva de emergência.
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Por que criar uma reserva de emergência?
Na vida, passamos por diversas situações que exige que apliquemos uma grande quantidade de recursos de uma só vez.
Alguns exemplos de situações assim são: a cobrança de um imposto, a necessidade de fazer algum procedimento hospitalar ou de saúde em geral, manutenção veicular, e várias outras situações.
Além disso, a própria perda de renda, proveniente de uma demissão, ou simplesmente, porque o negócio não está mais rendendo os valores esperados, pode gerar dificuldades financeiras imediatas.
Nesse sentido, em todos esses cenários, a reserva de emergência se vê como necessária.
Porque não liquidar os investimentos?
Se a pessoa já possui investimentos em carteira, por que criar, especificamente, uma reserva de emergência?
Porque nem todos os investimentos que fazem parte da carteira do investidor, vão oferecer liquidez imediata. Além disso, é provável que na hora de liquidar algum dos ativos, o investidor tenha prejuízo. Fato que penaliza a carteira e o planejamento patrimonial.
Para evitar esse tipo de situação, temos a reserva de emergência. Por exemplo, a pessoa possui investimentos em ações, fundos imobiliários e títulos de renda fixa com liquidez restrita no vencimento.
Em um cenário assim, o investidor teria que olhar cada um dos ativos à procura daquele que pudesse fornecer os recursos necessários para suprir suas necessidades.
Mas além disso, o investidor ainda terá que avaliar se haverá perdas por estar vendendo o ativo naquele momento.
CDBs com liquidez restrita no vencimento costumam ser negociados com desconto generoso pelas corretoras. Ou seja, dependendo do prazo do vencimento, o investidor poderá ficar no “zero a zero”, ou até perder dinheiro.
Já as ações e fundos imobiliários, podem gerar prejuízos ao investidor, simplesmente devido a flutuação do mercado. Nem sempre os ativos que fazem parte de nossa carteira estão valorizados.
Dessa maneira, a despesa emergencial pode acabar tendo um valor muito maior, uma vez que o investidor terá que liquidar uma posição maior de ativos, para custear tal despesa.
Mas com a reserva de emergência tal cenário é mitigado. Ao invés de liquidar os principais investimentos que compõem o patrimônio, o investidor terá uma fonte líquida para extrair os valores necessários.
Onde investir os recursos da reserva de emergência?
Como mencionamos, os valores da reserva de emergência precisam ficar em um investimento com liquidez imediata, ótima segurança e com rentabilidade em linha com a média do mercado.
Então, não podemos investir tais valores em ativos de risco e sim, em aplicações conservadoras.
Ótimos exemplos de investimentos, onde os recursos da reserva de emergência podem ser aplicados são: Letras do Tesouro Selic, fundos DI isentos de taxa administrativa e CDBs com liquidez diária.
As três opções de investimentos são bem acessíveis, muitas vezes podendo ser acessadas a partir de aplicações de R$ 1,00; além de oferecerem grande segurança.
Como incluir a reserva de emergência no planejamento patrimonial?
A inclusão da reserva e emergência deverá ser feita no princípio do planejamento patrimonial.
Ou seja, antes mesmo de começar a definir onde investir os recursos e como construir a carteira, o investidor deverá focar sua atenção em mensurar qual será a dimensão da reserva de emergência e onde os valores serão investidos.
Muitas pessoas costumam construir uma reserva de emergência baseada na renda mensal. Assim, se uma pessoa possui uma renda de R$ 5 mil ao mês, a reserva de emergência pode ter um valor equivalente a algumas vezes a renda.
Normalmente, a reserva de emergência é constituída com valores que vão de 12 a 24 vezes o valor da renda do investidor. Nesse caso, estaríamos tratando de R$60 mil a R$120 mil. Isso seria suficiente para cobrir as despesas do investidor, caso a renda seja comprometida.
Sobre onde aplicar esses recursos, o investidor pode comprar letras do Tesouro, cotas de fundo DI isento de taxa administrativa e CDBs.
Depois, com a reserva constituída, o investidor poderá se dedicar à construção da carteira.
Reserva de emergência é fundamental
Não há como construir um planejamento patrimonial, sem que haja uma boa reserva de emergência.
Emergências vão acontecer no decorrer da vida, sendo importante manter valores investidos em aplicações de fácil acesso.
Assim, quando surgir a emergência, o investidor não precisará recorrer aos investimentos da carteira, mas sim, ao fundo de emergência.